A
Síndrome da Ansiedade de Separação trata-se de um distúrbio de comportamento
onde o pet torna-se ansioso quando se encontra separado do seu tutor. Este
problema comportamental pode afetar cães e gatos, porém, é mais frequente em
cães.
A
doença causa grande sofrimento ao pet. Geralmente, é percebida pelos vizinhos,
visto que, o pet só manifesta os sinais no momento em que o tutor não está por
perto.
Os
principais sinais clínicos são agitação, vocalização
excessiva (latir ou miar excessivamente), aumento das frequências cardíacas
e respiratórias, salivação, tremores, perda de apetite, vômitos, diarreia, eliminação
de urina e fezes em locais inapropriados, lambedura excessiva das patas, automutilação,
agressividade, medo de barulho e de tempestades, destruição de objetos, paredes
ou portas, escavação e tentativa de fuga.
Estes
sinais clínicos são comuns em outros problemas de comportamento que também podem ser manifestados pelos pets, no entanto, três comportamentos são considerados chave para o
diagnóstico da Síndrome da Ansiedade de Separação: exagero nas reações do pet quando o tutor retorna ao lar, sinais de
ansiedade quando o tutor se despede e acompanhar exageradamente o dono.
Alguns
fatores podem predispor a ocorrência da Síndrome da Ansiedade de Separação tais
como: falta de convívio com outros animais; idade (mais frequente em cães com 1
ano e meio de idade); pets adotados com idade superior à 3 meses de idade;
falhas na socialização dos cães e gatos; animais que vieram da rua, de abrigos
e de canis ou gatis; falhas nos treinamentos de obediência; relação de
proximidade exagerada do pet com o tutor; infantilização do pet mesmo após a
idade adulta; baixos níveis de serotonina (neurotransmissor responsável pela
sensação de bem estar) e baixos níveis de norepinefrina (neurotransmissor que
participa da capacidade de aprendizado do animal); eventos traumatizantes
(atropelamento, incêndio, situação de violência); mudanças na rotina; algumas raças
como Pastor Alemão, Labrador, Cocker Spaniel, Poodle, Fox Paulistinha e Dachshund; e animais que tem pouca interação com o seu tutor (passeios, escovação e
brincadeiras).
O
tratamento da Síndrome da Ansiedade de Separação inclui medidas de mudança de
comportamento do tutor como não punir o pet, estimular exercícios, diminuir a
agitação nos momentos de chegada e saída do tutor e estimular a independência do
pet.
Além
disso, após a realização de exame clínico e exames de sangue o Médico
Veterinário poderá prescrever medicamentos específicos para o controle da
ansiedade.
Para
prevenir a Síndrome de Ansiedade de Separação é recomendado que as mudanças na
rotina dos pets sempre sejam de forma gradual, proporcionar ao animal convívio
com outros animais, principalmente, no período de socialização e estimular
exercícios e brincadeiras.