Publicidade

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Síndrome da Ansiedade de Separação

A Síndrome da Ansiedade de Separação trata-se de um distúrbio de comportamento onde o pet torna-se ansioso quando se encontra separado do seu tutor. Este problema comportamental pode afetar cães e gatos, porém, é mais frequente em cães.

A doença causa grande sofrimento ao pet. Geralmente, é percebida pelos vizinhos, visto que, o pet só manifesta os sinais no momento em que o tutor não está por perto.

Os principais sinais clínicos são agitação, vocalização excessiva (latir ou miar excessivamente), aumento das frequências cardíacas e respiratórias, salivação, tremores, perda de apetite, vômitos, diarreia, eliminação de urina e fezes em locais inapropriados, lambedura excessiva das patas, automutilação, agressividade, medo de barulho e de tempestades, destruição de objetos, paredes ou portas, escavação e tentativa de fuga.

Estes sinais clínicos são comuns em outros problemas de comportamento que também podem ser manifestados pelos pets, no entanto, três comportamentos são considerados chave para o diagnóstico da Síndrome da Ansiedade de Separação: exagero nas reações do pet quando o tutor retorna ao lar, sinais de ansiedade quando o tutor se despede e acompanhar exageradamente o dono.

Alguns fatores podem predispor a ocorrência da Síndrome da Ansiedade de Separação tais como: falta de convívio com outros animais; idade (mais frequente em cães com 1 ano e meio de idade); pets adotados com idade superior à 3 meses de idade; falhas na socialização dos cães e gatos; animais que vieram da rua, de abrigos e de canis ou gatis; falhas nos treinamentos de obediência; relação de proximidade exagerada do pet com o tutor; infantilização do pet mesmo após a idade adulta; baixos níveis de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar) e baixos níveis de norepinefrina (neurotransmissor que participa da capacidade de aprendizado do animal); eventos traumatizantes (atropelamento, incêndio, situação de violência); mudanças na rotina; algumas raças como Pastor Alemão, Labrador, Cocker Spaniel, Poodle, Fox Paulistinha e Dachshund; e animais que tem pouca interação com o seu tutor (passeios, escovação e brincadeiras).

O tratamento da Síndrome da Ansiedade de Separação inclui medidas de mudança de comportamento do tutor como não punir o pet, estimular exercícios, diminuir a agitação nos momentos de chegada e saída do tutor e estimular a independência do pet.

Além disso, após a realização de exame clínico e exames de sangue o Médico Veterinário poderá prescrever medicamentos específicos para o controle da ansiedade.

Para prevenir a Síndrome de Ansiedade de Separação é recomendado que as mudanças na rotina dos pets sempre sejam de forma gradual, proporcionar ao animal convívio com outros animais, principalmente, no período de socialização e estimular exercícios e brincadeiras.