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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Síndrome da Ansiedade de Separação

A Síndrome da Ansiedade de Separação trata-se de um distúrbio de comportamento onde o pet torna-se ansioso quando se encontra separado do seu tutor. Este problema comportamental pode afetar cães e gatos, porém, é mais frequente em cães.

A doença causa grande sofrimento ao pet. Geralmente, é percebida pelos vizinhos, visto que, o pet só manifesta os sinais no momento em que o tutor não está por perto.

Os principais sinais clínicos são agitação, vocalização excessiva (latir ou miar excessivamente), aumento das frequências cardíacas e respiratórias, salivação, tremores, perda de apetite, vômitos, diarreia, eliminação de urina e fezes em locais inapropriados, lambedura excessiva das patas, automutilação, agressividade, medo de barulho e de tempestades, destruição de objetos, paredes ou portas, escavação e tentativa de fuga.

Estes sinais clínicos são comuns em outros problemas de comportamento que também podem ser manifestados pelos pets, no entanto, três comportamentos são considerados chave para o diagnóstico da Síndrome da Ansiedade de Separação: exagero nas reações do pet quando o tutor retorna ao lar, sinais de ansiedade quando o tutor se despede e acompanhar exageradamente o dono.

Alguns fatores podem predispor a ocorrência da Síndrome da Ansiedade de Separação tais como: falta de convívio com outros animais; idade (mais frequente em cães com 1 ano e meio de idade); pets adotados com idade superior à 3 meses de idade; falhas na socialização dos cães e gatos; animais que vieram da rua, de abrigos e de canis ou gatis; falhas nos treinamentos de obediência; relação de proximidade exagerada do pet com o tutor; infantilização do pet mesmo após a idade adulta; baixos níveis de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar) e baixos níveis de norepinefrina (neurotransmissor que participa da capacidade de aprendizado do animal); eventos traumatizantes (atropelamento, incêndio, situação de violência); mudanças na rotina; algumas raças como Pastor Alemão, Labrador, Cocker Spaniel, Poodle, Fox Paulistinha e Dachshund; e animais que tem pouca interação com o seu tutor (passeios, escovação e brincadeiras).

O tratamento da Síndrome da Ansiedade de Separação inclui medidas de mudança de comportamento do tutor como não punir o pet, estimular exercícios, diminuir a agitação nos momentos de chegada e saída do tutor e estimular a independência do pet.

Além disso, após a realização de exame clínico e exames de sangue o Médico Veterinário poderá prescrever medicamentos específicos para o controle da ansiedade.

Para prevenir a Síndrome de Ansiedade de Separação é recomendado que as mudanças na rotina dos pets sempre sejam de forma gradual, proporcionar ao animal convívio com outros animais, principalmente, no período de socialização e estimular exercícios e brincadeiras.



domingo, 15 de maio de 2016

Leptospirose

Trata-se de uma doença causada por uma bactéria chamada Leptospira que afeta cães, gatos, suínos, equinos, bovinos, ovinos, caprinos e animais silvestres.

É considerada uma zoonose, portanto, pode passar ao homem. Esta bactéria possui alguns tipos principais que são os sorovares Grippotyphosa, Pomona, Canicola e Icterohaemorrhagiae.

A Leptospirose costuma ter alta incidência nos locais onde existem os camundongos, a ratazana e o rato preto que são os reservatórios naturais da doença e também os principais transmissores da Leptospira aos animais e ao homem. Estes se contaminam através da urina dos roedores infectados.

Alguns locais são mais propícios a presença dos roedores transmissores da leptospirose: terrenos com lixo, esgoto, regiões onde ocorrem enchentes, locais onde seja feito armazenamento de grãos, campos de arroz, terrenos baldios com entulho e mato.

A Leptospirose ataca principalmente o fígado e os rins de forma aguda ou crônica.

Os principais sinais clínicos são: febre, dor, tremor e rigidez dos músculos, perda de apetite, fraqueza, vômito, diarreia, icterícia (amarelão), hemorragias, o animal toma muita água e urina muito mais do que costumava urinar ou pode parar de urinar, presença de sangue na urina, tosse, dificuldade para respirar e, em alguns casos, pode ocorrer morte sem a presença de sinais clínicos.

O diagnóstico da Leptospirose é realizado pelo Médico Veterinário através do exame clínico, exame de sangue, exame de urina e também com auxílio de testes laboratoriais específicos (sorológicos).

O tratamento depende da gravidade dos sinais clínicos, geralmente, exige internação para fluidoterapia, uso de antibióticos injetáveis, transfusão sanguínea e também podem ser necessários outros medicamentos de acordo com os sinais de cada paciente.

A Leptospirose é uma doença extremamente grave e que pode levar o animal à óbito ou pode causar infecções crônicas ou infecções sem sinais e, neste caso, o animal poderá transmitir a Leptospira pela urina infectada. Por isso, recomenda-se a vacinação periódica dos cães.

Converse com o Médico Veterinário a respeito de qual a vacina deverá ser aplicada no seu pet (V8 ou V10) e também qual a frequência de revacinação, pois, de acordo com o local onde o animal reside, se for em regiões com alto desafio, poderá ser necessária a vacinação semestral contra Leptospirose.

Fonte: http://www.vencofarma.com.br/blog-detalhe/15/doenca-do-rato---saiba-tudo-sobre-a-leptospirose-em-caes



domingo, 1 de maio de 2016

Hipotermia

Hipotermia é a queda da temperatura corporal. A temperatura fisiológica dos cães e gatos fica entre 38,5 oC e 39,2 oC. A hipotermia pode ser leve quando a temperatura corporal fica entre 32oC e 37oC, moderada entre 28oC e 32oC e grave abaixo de 28oC.

Os sinais de hipotermia são tremores, extremidades geladas (patas, orelhas e cauda), apatia que é a diminuição da resposta aos estímulos do ambiente, pulso fraco, pupilas dilatadas e diminuição da frequência cardíaca e respiratória. 

As principais causas da hipotermia são devido à falha no sistema nervoso central, doenças de diversas naturezas, infecção, uso de medicamentos, desnutrição, transporte inadequado, manuseio excessivo do animal e também pode ser motivada pela exposição às baixas temperaturas.

Na exposição ao frio extremo o animal pode entrar em estado hipotérmico onde ocorre diminuição do seu metabolismo e isto dificulta a recuperação da temperatura corporal.

Por isso, nos períodos de frio intenso é recomendado fazer o uso de abrigos, casinhas, caminhas, cobertores e até mesmo de roupinhas para manter o seu pet aquecido e prevenir a hipotermia pela exposição às baixas temperaturas.

Fonte: http://www.overstock.com/

Alguns pets, principalmente aqueles de pequeno porte e com pelagem curta como os cães das raças Pinscher, Dachshund e Chihuahua costumam exigir cuidados intensivos com relação à proteção do frio pelo uso de roupinhas.

Fonte: http://www.overstock.com/

Já o uso de roupinhas para cães da raça Poodle está condicionado à altura da pelagem do animal: aqueles tosados com altura de pelagem curta necessitam de roupinhas e aqueles com altura de pelagem mais longa não devem usar roupinhas, pois, isto poderá ocasionar a formação de nós na pelagem e lesões na pele.

Do mesmo modo, cães das raças Shih Tzu, Lhasa Apso e Maltês que estão com pelagem longa durante o inverno também não deverão utilizar roupinhas. Para essas raças são mais indicadas as cobertas e as caminhas do tipo iglu.

É importante escolher roupinhas, capinhas, caminhas e cobertas de tecidos macios e hipoalergênicos. As roupinhas devem ser confortáveis para o animal e não devem dificultar a sua movimentação.  

Também é necessário manter a roupinha e o abrigo do animal sempre limpos e secos para evitar proliferação de ácaros, fungos e bactérias.

Fonte: http://www.overstock.com/

Além disso, durante o inverno devemos ter outros cuidados para prevenir a hipotermia, tais como: evitar as tosas; cuidar com a temperatura da água do banho (usar somente água morna); fazer a secagem cuidadosa após o banho; evitar remover bruscamente o animal de um ambiente quente para um ambiente frio ou com correntes de ar; prender o animal em ambiente seco e aquecido para não permitir que ele busque deitar em ambientes frios e úmidos.

Lembre-se de manter em dia a vacinação do seu pet contra Cinomose, Gripe Canina e Gripe Felina, pois, estas doenças costumam ser mais frequentes no inverno.

Caso perceba que o seu pet está com sinais de hipotermia procure aquecê-lo imediatamente com bolsa ou garrafa de água quente envolvida em cobertores e leve-o para atendimento pelo Médico Veterinário.

domingo, 24 de abril de 2016

Principais diferenças da visão dos animais comparada à visão humana

A retina é a camada localizada no fundo do olho responsável pela visão.

Fonte: http://www.peteducation.com/

É composta por células fotorreceptoras do tipo CONES e BASTONETES, responsáveis por receber os estímulos de luz que produzem as imagens.

Os animais domésticos possuem maior número de células do tipo bastonetes do que células do tipo cones.

Os bastonetes são sensíveis a luz e ao movimento, auxiliam a visão em ambientes com baixa iluminação.

Visão noturna
Fonte: http://www.wired.com/

 Já os cones são importantes para a visão dos detalhes e das cores.
O grau de capacidade de definir as cores está ligado ao número de células do tipo cones presentes na retina.

Fonte: https://www.munch.zone/


Os seres humanos possuem maior número de células cones enquanto que os animais domésticos possuem menor número de cones e por isso tendem a enxergar as cores desbotadas.

Cores desbotadas
Fonte: http://www.wired.com/


Além disso, os seres humanos possuem três tipos de células cones: sensíveis ao vermelho, sensíveis ao verde e sensíveis ao azul. A partir da mistura destes três tipos temos a capacidade de enxergar todas as cores. Os cães não possuem esta sensibilidade, não podem enxergar vermelho e verde.

No entanto, os animais domésticos possuem capacidade de enxergar melhor do que os seres humanos em ambientes sem luz e também possuem uma visão periférica superior à humana, devido ao posicionamento dos olhos, que permite enxergar num ângulo de até 250o, enquanto que o ângulo de visão periférica dos humanos chega até 180o.

Fonte: http://www.uwsp.edu/

A visão de movimento dos animais também é superior à humana em função do maior número de células do tipo bastonete presente na retina dos animais.


domingo, 17 de abril de 2016

Pseudociese ou Falsa prenhez

As cadelas e as gatas podem apresentar pseudociese ("gravidez psicológica"). Esta doença é comum em cadelas e rara em gatas.

As fêmeas em estado de pseudociese manifestam comportamento e sinais físicos de gestação: aumento abdominal, desenvolvimento da glândula mamária, secreção de leite, vômitos, depressão,  febre, falta de apetite, fazer ninho e até mesmo adotar um brinquedo como se fosse seu filhote.

Geralmente, a pseudociese ocorre 2 a 3 meses após o estro (cio), quando há baixa do hormônio progesterona.

As fêmeas poderão apresentar pseudociese mesmo que tenham tido gestação anteriormente. A falsa prenhez pode ocorrer também em fêmeas que nunca tiveram gestação.

O diagnóstico é realizado através do histórico clínico do animal: de cio há cerca de 2 a 3 meses sem ter histórico de cópula e com presença de comportamento maternal. O Médico Veterinário procederá ao exame clínico para encontrar as alterações físicas, principalmente, desenvolvimento mamário e secreção de leite.

Também é necessária a realização de exame de sangue e ultrassonografia abdominal para confirmar a pseudociese, pois, os sinais clínicos são semelhantes aos sinais clínicos da prenhez e da piometra fechada.

A pseudociese parece estar correlacionada com a presença de cistos ovarianos e endometriais.

O tratamento da falsa prenhez envolve a castração da fêmea (ovariohisterectomia) no período de anestro. Também é recomendada a aplicação de compressas frias e mornas nas mamas e pode ser necessário o uso de colar elizabetano para impedir que a fêmea sugue ou lamba suas próprias glândulas mamárias.


A pseudociese costuma se resolver dentro de 2 a 3 semanas. Porém, alguns animais podem necessitar de medicamentos específicos para secar o leite e até mesmo de uso de antibióticos. A pseudociese pode se repetir nos próximos ciclos estrais. 


quarta-feira, 13 de abril de 2016

Como saber se o seu pet está acima do peso ideal

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal acima do desejável.


Fonte: http://www.petobesityprevention.org/


Esta gordura em excesso no organismo do seu cão ou do seu gato pode acarretar diversas doenças tais como: diabetes, dislipidemia (aumento de colesterol e/ou triglicerídeos na circulação sanguínea), pancreatite, artrite, lipidose hepática, depressão, ansiedade, doenças cardíacas e respiratórias.

A obesidade também pode ocorrer em decorrência de determinadas doenças hormonais como ocorre no hipotireoidismo. Nesta doença, ocorre baixa produção do hormônio T4 na glândula tireoide e como consequência o metabolismo do animal fica desacelerado e isto provoca acumulo de gordura e obesidade.

Por isso, caso perceba que o seu pet esta acima do peso ou mesmo obeso procure o Médico Veterinário para investigar a causa da obesidade e possíveis doenças correlacionadas.

Uma das formas mais simples para saber se o seu pet está acima do peso é através da avaliação das costelas. Geralmente, quando um animal que está no seu peso ideal e se faz a palpação da região das costelas é possível sentir e até mesmo contar as costelas através do toque.


Fonte: http://healthypets.royalcanin.com.au/pet-overweight/


Já quando o pet apresenta sobrepeso ou está obeso não conseguimos sentir as costelas quando passamos a mão pela lateral do corpo do animal. A região da barriga também costuma ficar arredondada.

Nos animais que estão abaixo do peso à contagem das costelas pode ser feita visualmente. Neste caso, também é recomendado procurar atendimento Médico Veterinário para investigar o motivo do baixo escore corporal.


Fonte: http://www.wsava.org/


Prevenção da obesidade


Os principais motivos da obesidade são o sedentarismo e o excesso de calorias na dieta. Por isso, a para prevenir a obesidade é necessário habituar o pet a uma rotina de exercícios e fazer um controle rigoroso da dieta. 

Recomenda-se utilizar na alimentação apenas a ração com adequado teor de fibras e também evitar o fornecimento de petiscos e sobras de comida caseira.


Como saber a quantidade de ração diária que deve ser fornecida ao seu pet


As rações costumam trazer em seu rótulo as informações nutricionais do alimento e um guia de alimentação contendo a quantidade diária a ser fornecida ao animal.

A quantidade de ração diária necessária para cada animal depende principalmente de:
  • Porte ou peso do pet: miniatura, pequeno, médio, grande e gigante;
  • Faixa etária: filhotes, adultos e seniores;
  • Nível de atividade física: baixo, moderado e alto;
  • Status reprodutivo: castrado, não castrado, gestação e amamentação;
  • Tipo ou marca de ração.

Esta quantidade diária deve ser dividida em no mínimo três refeições no caso dos filhotes e duas refeições no caso de adultos. O ideal é que seja feita a pesagem desta quantidade de ração para que seja fornecido ao animal apenas a quantidade adequada a sua necessidade calórica diária.




segunda-feira, 11 de abril de 2016

Neoplasias mamárias

A neoplasia mamária constitui numa nova formação no tecido mamário (nódulo, tumor ou câncer). É bastante frequente nas cadelas e nas gatas.

Seu surgimento é influenciado por fatores genéticos, hormonais e ambientais. Pode ser benigna ou maligna (câncer). Cerca de 50% das neoplasias mamárias são benignas e por isso não provocam metástase, ou seja, não vem a atingir outros órgãos (pulmão, linfonodos, fígado e rins).

Estudos tem mostrado que a ovariohisterectomia ou castração precoce das fêmeas diminui o risco de tumor de mama em mais de 90%.

Enquanto que, o uso de progesterona ou estrógeno exógeno que está presente nos anticoncepcionais e abortivos pode predispor ao aparecimento de nódulos nas mamas.

A obesidade, a alimentação rica em gFontea e a dieta caseira são fatores predisponentes para neoplasias mamárias. Já uma dieta com ração contendo antioxidantes (vegetais carotenoides e crucíferos) auxilia na prevenção das neoplasias mamárias.

Atualmente, já está claro que a gestação e a lactação da cadela e da gata jovem não diminui o risco de apresentar neoplasia mamária.

Os tumores malignos possuem maior frequência em fêmeas de grande porte (Pastor Alemão) e gatas das raças Siamês e Americano do Pelo Curto.

Nos gatos o vírus da Leucemia Felina constitui um fator predisponente para neoplasia mamária e para outros tipos de neoplasias, principalmente, malignas.

As gatas possuem quatro pares de glândulas mamárias e estes possuem a mesma possibilidade de desenvolvimento de neoplasias. Já as cadelas apresentam cinco pares de glândulas mamárias. Sendo que, os nódulos costumam aparecer principalmente (65 a 75% dos casos) no segundo par de mamas abdominais e nas inguinais. A presença destes nódulos será detectada pelo Médico Veterinário durante o exame clínico.


Foto fonte: https://sansawkennels.wordpress.com


Além dos nódulos, a fêmea pode apresentar febre, sinais de anemia, dificuldade para respirar e emagrecimento. As neoplasias mamárias podem ulcerar (abrir) e sangrar geralmente, quando se tratam de casos de câncer.

O diagnóstico da neoplasia mamária é realizado através do histórico clínico do animal, exame clínico e exames complementares tais como: exame de sangue, radiografia de tórax, ultrassonografia abdominal e exame histopatológico da neoplasia (biopsia/citologia).

O tratamento é variável conforme a determinação se a neoplasia mamária é benigna (adenoma, papiloma, hiperplasia fibrose ou cisto) ou maligna (carcinoma ou sarcoma) e também de acordo com o tipo histológico e estadiamento da neoplasia.

Geralmente, o tratamento envolve a remoção cirúrgica de todas as mamas da cadeia mamária afetada (lado direito e/ou esquerdo) e também dos linfonodos ligados a esta cadeia mamária.

Existem outros tipos de tratamento como a quimioterapia e a radioterapia, mas estes são específicos para cada tipo de tumor.


sexta-feira, 8 de abril de 2016

Vômito: sinal de que algo não está bem com o seu pet

O vômito é o esvaziamento de conteúdo do estômago pela boca. Trata-se de um sinal clínico que pode ocorrer em diversas patologias. Diferencia-se da regurgitação que é a eliminação de conteúdo não digerido (alimento não digerido).

Como exemplos de doenças que podem provocar vômitos temos: verminoses, viroses, infecções bacterianas, intoxicação alimentar, trocas bruscas de alimentação, distúrbios alimentares (ingestão de corpo estranho, terra, fezes; ingerir alimento ou água muito rapidamente ou em grande quantidade de uma vez; jejum prologado), intolerância a determinados alimentos, labirintite, efeito colateral de alguns medicamentos, nefropatias, hepatopatias, cardiopatias, pancreatites, gastrites e doenças hormonais.


Foto fonte: Dailymail


O mecanismo que a doença usa para provocar o vômito pode ser através da via direta: quando atua diretamente no trato gastrointestinal ou da via indireta: quando atua através da liberação de toxinas que agem no cérebro causando náuseas e tendo o vômito como consequência. Algumas doenças podem atuar na via direta e na indireta ao mesmo tempo.

O vômito do nosso pet deve chamar a atenção principalmente quando ocorre de forma aguda, ou seja, é frequente num curto período de tempo (por exemplo: acima de 2 vezes no mesmo dia) ou quando é esporádico e crônico (por exemplo: uma vez por semana, uma vez ao mês).

Para investigar a origem do vômito é necessário identificar o histórico do animal, realizar o exame clínico e também fazer alguns exames complementares (exame de sangue, urina, fezes, radiografia, ultrassonografia) que serão solicitados pelo Médico Veterinário conforme a sua suspeita clínica.

O vômito também pode ser chamado de êmese e por isso os medicamentos utilizados para controlar o vômito são chamados de antieméticos.

Do mesmo modo que, existem diversas patologias que podem ter o vômito como sinal clínico, também existem várias opções de medicamentos para tratar o vômito.

No entanto, cada tipo de antiemético possui um mecanismo de ação no organismo do animal e de acordo com este mecanismo de ação o antiemético poderá atuar na via direta e/ou indireta de causa do vômito.

Para tratar efetivamente o vômito é necessário saber exatamente qual a doença que está provocando este sinal clínico e também que certas doenças podem necessitar de associações de antieméticos para o seu tratamento eficaz.

Portanto, devido à infinidade de doenças que podem provocar vômito concluímos que: identificar o motivo pelo qual o seu pet está vomitando não será uma tarefa muito simples, porém, é muito importante fazer o diagnóstico e tratar corretamente este problema.




terça-feira, 5 de abril de 2016

Gripe

Muitas pessoas desconhecem, mas os cães e os gatos podem ter gripe.

A Gripe Canina também pode ser chamada de Tosse dos Canis ou Traqueobronquite Infecciosa Canina.

No cão os principais agentes etiológicos envolvidos na gripe são Bordetella bronchiseptica, Adenovírus Canino e Parainfluenza Canina.

Enquanto que a Gripe Felina pode ser chamada de Rinotraqueíte Felina ou Complexo Respiratório Viral Felino. No gato os principais agentes causadores da gripe são o Herpesvírus Felino e o Calicivírus Felino.

Trata-se de uma doença altamente contagiosa e com maior incidência nas épocas do ano onde ocorrem mudanças bruscas de temperatura.

A transmissão da gripe ocorre através do ar; contato direto entre animais doentes e sadios; e em ambientes com alta pressão de infecção (pet shop, banho e tosa, locais com exposições de animais, parques públicos, creches para pets, abrigos de animais, canis, gatis, hotéis para pets e vias públicas).

Os sinais clínicos são: tosse (parece que o pet está engasgado), febre, falta de apetite, apatia, perda de peso, latido ou miado rouco, parar de latir ou de miar, espirros, secreção serosa (incolor) ou purulenta (amarelada) nas narinas ou nos olhos, olhos avermelhados e os gatos também podem apresentar ulcerações na boca e de córnea.

O diagnóstico da gripe canina ou felina é realizado através do histórico clínico do animal e do exame clínico pelo Médico Veterinário.


Foto fonte: http://www.bullsbrookvet.com.au/


O Médico Veterinário poderá solicitar exames de sangue, radiografias ou outros exames específicos para descartar outras doenças, como por exemplo, a Cinomose que pode iniciar com os sinais clínicos de uma gripe. Estes exames também são úteis para avaliar o estado geral de saúde do animal.


Foto fonte: http://www.mnn.com/


Para o tratamento da gripe, geralmente, costuma ser feita a antibioticoterapia associada com medicações para dar conforto respiratório ao paciente. Alguns animais podem necessitar de fluidoterapia para reposição de eletrólitos, principalmente, no caso de anorexia por períodos prolongados. Também podem ser utilizados medicamentos estimulantes da imunidade.

Mas quando se fala em Gripe Canina ou Felina a palavra de ordem é a PREVENÇÃO através da vacinação adequada; evitar o contato de animais sadios com animais doentes; evitar locais com aglomeração de animais; e realizar a desinfecção do ambiente com desinfetantes a base de amônio quaternário.


Fonte: http://patch.com/





domingo, 3 de abril de 2016

Como identificar quando o seu pet está com prurido?

Prurido é uma sensação que provoca no seu pet um desejo de coçar, lamber, esfregar ou morder o próprio corpo - pele, ouvidos, cauda e patas. 


Fonte: http://doghealthnews.com/


O ato de coçar-se do animal costuma chamar atenção e causa incômodo aos tutores. 

Geralmente, o tutor não compreende a razão da coceira e fica sem poder ajudar o seu pet.

É muito comum os pets apresentarem prurido e é um dos principais motivos de visita ao Médico Veterinário.

Alguns animais podem causar auto traumatismo e graves lesões nos locais onde costumam coçar-se, principalmente, quando o ato de coçar é muito vigoroso ou quando é crônico.

As causas do prurido podem ser:

  • Parasitárias: sarnas, pulgas, carrapatos, bernes, bicheiras, ácaros, piolhos e mais raramente alguns vermes;
  • Alérgicas: parasitas, atopia, alimentos, contato, medicamentos, bactérias;
  • Bactérias: Staphylcoccus, Streptococcus, Pasteurella, E. coli, Proteus, Pseudomonas, Actinomyces, Nocardia, Mycobacteria, Actinobacillus;
  • Fungos: Malassezia, Microsporum, Trichophyton;
  • Outras: seborreias, calcinose, neoplasias, imunomediadas, psicogênicas e mais raramente endócrinas.

Para diagnóstico da causa do prurido o paciente deverá passar por uma consulta com o Médico Veterinário. Na consulta o profissional irá apurar o histórico do animal e fazer o exame clínico.

De acordo com a suspeita clínica do Médico Veterinário, podem ser realizados exames dermatológicos tais como: raspado cutâneo, luz de wood, cultura fúngica, cultura bacteriana, teste alérgico (cutâneo ou sanguíneo), esfregaços, citologia e, mais raramente, biopsia cutânea.  


Raspado Cutâneo

Fonte: https://www.zoetisus.com


Algumas doenças, podem necessitar do diagnóstico terapêutico quando o exame dermatológico for inconclusivo.

Neste caso, poderá ser prescrito o tratamento medicamentoso de acordo com a suspeita clínica do Médico Veterinário.

Como exemplos, temos a Escabiose que pode ser difícil de diagnosticar, visto que, frequentemente os raspados cutâneos se mostram negativos.  E as alergias alimentares também podem exigir um diagnóstico terapêutico através de dietas específicas.

O tratamento do prurido deve levar em consideração que mais de uma doença pode estar contribuindo para a coceira. Por isso, mesmo quando uma doença é confirmada deverão ser realizados retornos para acompanhamento do paciente.

As medicações para o tratamento do prurido podem ser tópicas (shampoos, sprays, loções e cremes) e/ou sistêmicas (antialérgicos, ácidos graxos, psicogênicos e imunomoduladores).

Em alguns casos, para auxiliar no tratamento do prurido pode ser necessário o uso do colar elizabetano desde que seja por um curto período de tempo.





quinta-feira, 31 de março de 2016

Cálculo dentário

O cálculo dentário ou tártaro trata-se de uma placa dentária calcificada.


Fonte: http://crossroadsvets.net/


A placa dentária é um tipo de biofilme que se acumula sobre os dentes. Aos poucos, esta placa vai sendo mineralizada pelo cálcio presente na saliva e acaba formando o tártaro.

Este cálculo dentário prejudica o animal, pois, contém bactérias que podem causar gengivite, periodontite e também pode gerar o afrouxamento dos ligamentos periodontais e, consequentemente, a queda dos dentes.

Além disso, estas bactérias podem migrar pela corrente sanguínea e causar infecções em outros órgãos (principalmente fígado, rins e coração).


Fonte: http://balfouranimalhospital.com/


Podemos observar o cálculo dentário, principalmente, nos cães e gatos a partir dos 4 anos de idade e também naqueles animais que recebem alimento caseiro ou úmido.

Os principais sinais clínicos são: mau hálito, dentes amarelados, o animal pode apresentar sialorréia (salivação), gengiva irritada e com tendência à sangramentos e mobilidade dentária (dente mole) .

O diagnóstico é realizado através do histórico do animal, exame físico e em alguns casos o Médico Veterinário poderá solicitar radiografia odontológica e exames de sangue.

O tratamento é realizado através da remoção do cálculo com instrumentos manuais ou com aparelho de ultrassom dentário. Após a remoção do cálculo deve ser feito o polimento dos dentes. O polimento visa deixar a superfície dos dentes lisa e auxiliar na prevenção de nova formação de cálculo dentário.

Para que a remoção do cálculo seja feita de forma adequada é necessário o uso de anestesia geral. Por isso, recomenda-se a realização de exames pré-cirúrgicos para avaliação do grau de risco anestésico do paciente.

Para a prevenção de cálculo dentário recomenda-se oferecer apenas ração seca, realizar a escovação diária dos dentes e o uso de produtos para estimular a mastigação, tais como, brinquedos e ossos artificiais de borracha ou couro.


Fonte: https://www.cesarsway.com


Não é recomendado fornecimento de ossos naturais.

Recomenda-se utilizar na escovação apenas produtos com indicação de Uso Veterinário.

Podem ser utilizados produtos antissépticos bucais de uso veterinário, diluídos na água de bebida do animal, para reduzir o mau hálito e auxiliar na higiene bucal.

Algumas rações possuem hexametafosfato de sódio que visa auxiliar no controle do cálculo dentário.






Fonte: http://avdc.org