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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Adotei um filhote, e agora?


Se você está se fazendo esta pergunta é porque certamente não teve planejamento antes da adoção! Mas fique tranquilo, somos todos humanos e a maioria das adoções ocorre sem planejamento mesmo... Isso não impedirá que você tenha uma vida feliz junto do seu pet desde que a partir de agora você assuma responsabilidade por sua ação.


Foto: Luciana Velasques Cervo

Este texto pretende esclarecer sobre a POSSE RESPONSÁVEL. Que vem a ser: ter consciência sobre quais seus deveres enquanto tutor e quais são os direitos do seu pet. Afinal de contas, um cão ou gato é um ser vivo, com necessidades que precisam ser respeitadas.

Quando falamos sobre posse responsável precisamos ter clareza de que existem algumas regrinhas...

Primeiramente, é imprescindível que a decisão de ter um cachorro ou gato seja tomada em conjunto por todas as pessoas que residem na casa ou apartamento, pois, se alguém for contrário a esta decisão isso poderá se tornar um conflito e o animal não compreende este fato. Além disso, em algum momento da vida do pet, seja para levar passear, administrar algum medicamento, limpar a sujeira ou alimentar, todos na casa terão que participar dessas atividades.

É preciso ter ciência que o animal sempre precisará de alguém cuidando dele mesmo quando a família for viajar ou ficar fora de casa. E, a expectativa de vida dos cães e gatos está aumentando, hoje em dia vemos gatos com 25 anos e cachorros com 18 anos de idade com certa frequência. Tenha em mente que precisará cuidar do pet também quando ele ficar velhinho.

O cão ou gato poderá ser comprado, geralmente, nos casos em que se procura por algum animal de determinada raça. Levando-se em consideração que as pessoas podem ter o sonho de ter um animal de determinada raça e é justo que seja concedido seu direito de realizar este desejo...

No entanto, existem custos para manter as raças de cães e gatos e seus cruzamentos, por isso, encontramos criadores que são profissionais responsáveis pela reprodução de animais de raça. Antes de comprar um animal verifique as credenciais do criador e, principalmente, as condições de vida dos animais por ele vendidos.

Outra opção é a adoção de animais provenientes de abrigos de animais ou de terceiros. Esta precisa ser realizada de maneira consciente, sem ater-se a pressão ou persuasão emocional para adotar, para evitar conflitos entre familiares e que o animal já em situação de vulnerabilidade social venha a ser adotado e abandonado novamente. Geralmente, vemos este tipo de situação quando o pet é adotado por impulso e a família não estava realmente preparada para recebê-lo.

Alguns fatores relacionados às particularidades do pet precisam ser levados em consideração como tamanho, cuidados com pelagem, temperamento e espaço necessário. Isto tudo poderá ser previsto levando-se em conta qual a raça do animal. Daí fica a pergunta: mas se o meu animal foi classificado como Sem Raça Definida, o famoso SRD, como poderei prever esses fatores?

A resposta é muito simples: se o seu pet é um SRD, tente investigar quais foram as raças que deram origem ao seu filhote ou apenas pelas características físicas do animal o Médico Veterinário poderá lhe auxiliar a definir qual a raça aproximada, mesmo que não seja de raça pura mas conserva características genéticas que são fundamentais até mesmo para a prevenção de doenças e potencialidades a serem desenvolvidas.

Os animais não deverão andar soltos na rua, desacompanhados e sem coleira e guia, mas sim com um tutor responsável por conduzi-los. Algumas raças em determinados locais, também terão exigências legais do uso de focinheira.

O pet precisa ter um abrigo que poderá ser dentro ou fora de casa, neste local será necessário colocar uma caminha, comedouro, bebedouro e o espaço sanitário (tapete higiênico ou caixa de areia).

Mantenha sempre em dia o calendário de imunizações e check up com o Médico Veterinário de sua confiança.

Procure cuidar da pelagem do seu pet da melhor forma possível, mas sem exageros, veja quais os cuidados se pelagem longa, média ou curta. Necessidade de tosa higiênica ou outros tipos de tosa e escovações de pelagem.

Procure manter uma rotina de exercícios físicos com o seu pet, isto prevenirá uma série de doenças.

O ambiente do cão ou gato deverá ser de afeto e carinho sem exposição às hostilidades.
O pet poderá ser adestrado, respeitando as particularidades de cada raça, poderá aprender bons truques e desta forma exercitar-se mentalmente e oferecer momentos de descontração para a família.


Recolha as fezes diariamente e durante os passeios evite deixar fezes na rua. Evite que o seu pet ingira água de fontes duvidosas como vaso sanitário e poças de água e não permita que ele revire o lixo. Desta forma, estará prevenindo doenças contagiosas.
O cachorro ou gato poderá ser identificado através de coleiras ou microchip. Lembrando que o microchip é uma forma de identidade eletrônica e não possui função de rastreamento em tempo real.

Pense se deseja ou não que o seu cão ou gato tenha filhotes. Pode ser que você goste tanto do seu pet que queira que ele tenha filhotes. Mas isso, é uma decisão importante e deve ser feita de forma consciente, consulte o Médico Veterinário sobre os cuidados necessários. Do mesmo modo, se não desejar filhotes existem formas de prevenção largamente difundidas.

Conclusão: para ser um tutor nota 10 é preciso observar determinadas regras que valem para todos, tenha sempre em mente que o seu pet tem direitos e que você tem deveres. Mas sempre será uma experiência enriquecedora compartilhar sua vida com um animal de estimação.