Se você está se fazendo esta
pergunta é porque certamente não teve planejamento antes da adoção! Mas fique
tranquilo, somos todos humanos e a maioria das adoções ocorre sem planejamento mesmo...
Isso não impedirá que você tenha uma vida feliz junto do seu pet desde que a
partir de agora você assuma responsabilidade por sua ação.
Foto: Luciana Velasques Cervo |
Este texto pretende esclarecer sobre a POSSE RESPONSÁVEL.
Que vem a ser: ter consciência sobre quais seus deveres enquanto tutor e quais
são os direitos do seu pet. Afinal de contas, um cão ou gato é um ser vivo, com
necessidades que precisam ser respeitadas.
Quando falamos sobre posse responsável
precisamos ter clareza de que existem algumas regrinhas...
Primeiramente, é imprescindível
que a decisão de ter um cachorro ou gato
seja tomada em conjunto por todas as pessoas que residem na casa ou apartamento,
pois, se alguém for contrário a esta decisão isso poderá se tornar um conflito
e o animal não compreende este fato. Além disso, em algum momento da vida do
pet, seja para levar passear, administrar algum medicamento, limpar a sujeira ou
alimentar, todos na casa terão que participar dessas atividades.
É preciso ter ciência que o
animal sempre precisará de alguém cuidando dele mesmo quando a família for
viajar ou ficar fora de casa. E, a expectativa de vida dos cães e gatos está
aumentando, hoje em dia vemos gatos com 25 anos e cachorros com 18 anos de
idade com certa frequência. Tenha em mente que precisará cuidar do pet também
quando ele ficar velhinho.
O cão ou gato poderá ser
comprado, geralmente, nos casos em que se procura por algum animal de
determinada raça. Levando-se em consideração que as pessoas podem ter o sonho
de ter um animal de determinada raça e é justo que seja concedido seu direito
de realizar este desejo...
No entanto, existem custos para
manter as raças de cães e gatos e seus cruzamentos, por isso, encontramos
criadores que são
profissionais responsáveis pela reprodução de animais de raça. Antes de comprar
um animal verifique as credenciais do criador e, principalmente, as condições
de vida dos animais por ele vendidos.
Outra opção é a adoção de animais
provenientes de abrigos de animais ou de terceiros. Esta precisa ser realizada de
maneira consciente, sem ater-se a pressão ou persuasão emocional para adotar,
para evitar conflitos entre familiares e que o animal já em situação de vulnerabilidade
social venha a ser adotado e abandonado novamente. Geralmente, vemos este tipo
de situação quando o pet é adotado por impulso e a família não estava realmente
preparada para recebê-lo.
Alguns fatores relacionados às
particularidades do pet precisam ser levados em consideração como tamanho,
cuidados com pelagem, temperamento e espaço necessário. Isto tudo poderá ser
previsto levando-se em conta qual a raça do animal. Daí fica a pergunta: mas se
o meu animal foi classificado como Sem Raça Definida, o famoso SRD, como
poderei prever esses fatores?
A resposta é muito simples: se o
seu pet é um SRD, tente investigar quais foram as raças que deram origem ao seu
filhote ou apenas pelas características físicas do animal o Médico Veterinário
poderá lhe auxiliar a definir qual a raça aproximada, mesmo que não seja de
raça pura mas conserva características genéticas que são fundamentais até mesmo
para a prevenção de doenças e potencialidades a serem desenvolvidas.
Os animais não deverão andar
soltos na rua, desacompanhados e sem coleira e guia, mas sim com um tutor responsável
por conduzi-los. Algumas raças em determinados locais, também terão exigências
legais do uso de focinheira.
O pet precisa ter um abrigo que poderá
ser dentro ou fora de casa, neste local será necessário colocar uma caminha,
comedouro, bebedouro e o espaço sanitário (tapete higiênico ou caixa de areia).
Mantenha sempre em dia o
calendário de imunizações e check up com o Médico Veterinário de sua confiança.
Procure cuidar da pelagem do seu
pet da melhor forma possível, mas sem exageros, veja quais os cuidados se
pelagem longa, média ou curta. Necessidade de tosa higiênica ou outros tipos de
tosa e escovações de pelagem.
Procure manter uma rotina de
exercícios físicos com o seu pet, isto prevenirá uma série de doenças.
O ambiente do cão ou gato deverá
ser de afeto e carinho sem exposição às hostilidades.
O pet poderá ser adestrado,
respeitando as particularidades de cada raça, poderá aprender bons truques e
desta forma exercitar-se mentalmente e oferecer momentos de descontração para a
família.
Recolha as fezes diariamente e
durante os passeios evite deixar fezes na rua. Evite que o seu pet ingira água
de fontes duvidosas como vaso sanitário e poças de água e não permita que ele
revire o lixo. Desta forma, estará prevenindo doenças contagiosas.
O cachorro ou gato poderá ser
identificado através de coleiras ou microchip. Lembrando que o microchip é uma
forma de identidade eletrônica e não possui função de rastreamento em tempo
real.
Pense se deseja ou não que o seu
cão ou gato tenha filhotes. Pode ser que você goste tanto do seu pet que queira que ele tenha filhotes. Mas isso, é uma decisão importante e deve ser feita de forma
consciente, consulte o Médico Veterinário sobre os cuidados necessários. Do
mesmo modo, se não desejar filhotes existem formas de prevenção largamente
difundidas.
Conclusão: para ser um tutor nota
10 é preciso observar determinadas regras que valem para todos, tenha sempre em
mente que o seu pet tem direitos e que você tem deveres. Mas sempre será uma
experiência enriquecedora compartilhar sua vida com um animal de estimação.