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quinta-feira, 26 de março de 2020

Telemedicina? Você sabe o que é isso...

Recentemente, temos visto a situação do mundo em que vivemos bastante incerta e passamos por um período de mudanças que talvez se consolidem, principalmente, no tangente às relações humanas e de trabalho. 
No Brasil, não é diferente do resto do mundo e a partir da Pandemia de COVID-19 vemos um momento da economia onde somente os serviços considerados essenciais podem ser oferecidos à sociedade.
Isto nos traz à reflexão: do que é realmente necessário para vivermos? Inclusive, no sentido das relações de consumo. E, também traz à tona que talvez alguns processos de trabalho precisam ser repensados. 
É o caso da TELEMEDICINA. Diante de uma doença causada por um novo vírus (Coronavírus SARS-CoV-2) da qual ainda não se sabe examente todos os detalhes etiológicos, epidemiológicos e nem mesmo o tratamento.
Ao mesmo tempo, considerando que os sintomas da doença parecem ser leves ou sem sintomas na maioria dos indivíduos e ao mesmo tempo ser uma doença altamente contagiosa, e severa para alguns indivíduos que exigem todo suporte de saúde disponível e necessário.
Levando em conta, a falta de Médicos Especialistas ou não para atender toda a população, entre outros fatores, perfeitamente justificados, o Ministério da Saúde liberou o uso da Telemedicina durante a Pandemia de Coronavírus no Brasil.

Porém, na Medicina Veterinária não é permitido. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária: "O atendimento a distância continua proibido, conforme determina o Código de Ética do Médico-Veterinário. A consulta clínica deve ser presencial, seja no consultório ou em domicílio, mas sempre que possível, de forma restrita, individualizada, reduzindo aglomerações." 
Além disso, o Art. nº 13 do Código de Ética do Médico Veterinário, veda ao profissional receitar sem prévio exame clínico do paciente, e pode resultar em processos ético-profissionais aos médicos veterinários envolvidos. 
A recomendação do CFMV é: "Reprogramem os procedimentos eletivos que não são serviços de urgência e emergência, afastando uma exposição desnecessária nesse momento crítico de propagação do novo coronavírus."
Saiba mais em: CFMV
Na realidade, já vemos o sistema de Telemedicina funcionando no país. Como exemplo, podemos citar o Sistema Telessaúde Santa Catarina que pode ser acessado através do link: telessaúde
No entanto, sistemas como este são de acesso exclusivo para Médicos. Isso mesmo, geralmente o Médico Clínico Geral consulta o Médico Especialista para estudos de casos, verificar a real necessidade de consulta com especialista ou mesmo para dar os devidos encaminhamentos, para que o paciente já chegue na consulta com especialista com resultados de exames em mãos. Deste modo, espera-se, poupando tempo e deslocamento dos interessados. Este processo, destaca-se para o atendimento de pacientes que moram em regiões remotas, de difícil acesso no Brasil.

Na Medicina Veterinária, vemos esse tipo de abordagem de maneira informal no suporte oferecido pelo Médico Veterinário Especialista aos colegas Clínicos Gerais através de telefone ou aplicativos de mensagem. Algumas iniciativas de formalizar este processo ainda são pouco conhecidas, como é o caso da rede social exclusiva para Médicos Veterinários vets4vet

Fonte todays veterinary business


De acordo com a Associação Americana de Médicos Veterinários (AVMA): "Usar a telemedicina permite aos Médicos Veterinários dar suporte aos pacientes e clientes e também auxilia na prevenção da transmissão da COVID-19."  Para saber mais acesse: avma

Fonte: avma.org


No entanto, sabemos que talvez esse ainda não seja o melhor momento para implementar este tipo de atendimento remoto no Brasil. Precisamos ter cautela e responsabilidade. Certamente, a Telemedicina Veterinária será uma tendência em nosso país quando tivermos fortalecidos e consolidados os conceitos de posse responsável,  bem estar animal e relação de confiança Médico Veterinário-Paciente-Cliente. 


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