A
epilepsia é um distúrbio no cérebro que se caracteriza por crises convulsivas.
Esta doença pode afetar cães e gatos.
Fonte: http://www.wooridleclinic.kr/ |
A
crise convulsiva ocorre devido a uma descarga elétrica no cérebro e que provoca
excitação dos neurônios responsáveis pelo controle motor do animal.
A crise
convulsiva pode ser focal quando envolve apenas uma parte do cérebro e com isso
observamos os sinais restritos a uma parte do corpo (cabeça, membros, etc.) ou
generalizada quando afeta os dois hemisférios cerebrais, por isso, os sinais
são observados em todo o corpo do animal.
Podemos
observar três fases na crise convulsiva:
- Fase pródromo: ocorre alteração comportamental do animal (agitação), pode levar algumas horas ou até mesmo alguns dias.
- Fase aura: é início da crise convulsiva. Nesta fase o animal pode se esconder ou procurar o dono. As fases pródromo e aura são consideradas pré-ictal.
- Fase Icto: é o estado epiléptico. Geralmente dura de 1 a 2 minutos, mas pode chegar até 10 minutos. Após esta fase o animal pode voltar a si rapidamente ou ficar sonolento; alguns animais podem ficar inquietos, andar de forma desorientada, defecar ou urinar.
A Epilepsia pode ser Hereditária ou Adquirida
Na
Epilepsia Hereditária os animais manifestam a primeira crise convulsiva entre 6
meses e 3 anos de idade. Geralmente é do tipo generalizada. As raças de cães predispostas são: Poodle, Beagle, Pastor Alemão, Pastor Belga, Lulu da
Pomerânia, Setter Inglês, Golden Retriever, Husky Siberiano, Fox Terrier,
Cocker Spaniel e São Bernardo.
Pastor Alemão e Husky SiberianoFonte: http://www.veterinarypracticenews.com |
A Epilepsia
Adquirida é provocada por uma agressão ao cérebro causada por infecção,
inflamação, distúrbio metabólico, neoplasia (câncer), intoxicação ou trauma. Pode
ocorrer em qualquer raça ou idade e geralmente a crise convulsiva é focal.
O
diagnóstico da Epilepsia é realizado através do histórico clínico do animal,
exame físico, exames laboratoriais e radiografias.
Outros tipos de exames podem ser solicitados pelo Médico Veterinário caso o mesmo
julgue necessário (tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia, eletroencefalograma).
O
tratamento da Epilepsia é realizado com medicamentos anticonvulsivantes por via
oral em uso contínuo. Esta terapia
anticonvulsivante exige monitoramento pelo Médico Veterinário e exames
laboratoriais periódicos. O tratamento visa o controle da doença para reduzir ou
cessar as crises convulsivas. Também devem ser tratados os distúrbios primários
no caso da Epilepsia Adquirida.
Animais que estão em estado epiléptico devem ser encaminhados o mais rápido possível para uma Clínica ou Hospital Veterinário onde receberão o devido tratamento de urgência.
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